Sensualíssima

sensualíssima essa canção que nos envolve

coloca-nos a vida perdida em nossos olhos

Pinta e colore de amor os nossos corpos

Entre a leveza do luar e o ríspido desejo...

Tudo em sabor de pecado se absorve

Adormecemos em nós a vã realidade

Deixando os vãos sentidos entorpecidos

Por carícias e mordidas voluptuosamente delicadas

Corpos lançados nas graças do destino

Mergulhados sob a escuridão noturna

Sequer uma sensação de razão eu vejo

pois já estou enroscado em teu cálido dorso...

Dai-me as mãos...embola-me em tuas pernas...

Rasgue-me em tuas unhas como quem odeia

Seja-me a minha dor desfeita em néctar de prazer

A taça do banquete dos Deuses de olimpo...

Deixa-me penetrar além desse corpo

Quero tua alma...a essência de tua essência

O orgasmo que o além-vida arrebenta

Um cometa atravessando clímax de um êxtase

Golpeia-me tal a mestra dos felídeos

Faz desse másculo corpo teu mirante

Teu passaporte para o sétimo céu do momento

Cavalgando e se retorcendo em mil tempestades...

porque além do agora enfim nada seremos

E o instante que nos ergue e faz de nós amantes

é perfeito em aroma e dor e cintilante

-Nós em nós dois somos a multiplicação da felicidade...