domingo, 11 de setembro de 2016

Treze tabus femininos

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A mulher pode ter sua própria casa, pagar suas contas, viajar o mundo, assumir cargos de liderança e tantas outras proezas. Mas, mesmo assim, certas questões sobre a liberdade feminina ainda não foram superadas, especialmente entre as brasileiras. Alguns assuntos continuam sendo tabus, tanto que há garotas que não conseguem conversar a respeito nem com a melhor amiga. Imagina com os homens.
Refletir sobre essas proibições sociais que as pessoas impõem umas às outras e que cada uma determina a si mesma pode ajudar a transformar ideias e atitudes. Ou seja: para quebrar tabus é preciso conhecer de onde vêm, o que causam. E não se privar de falar abertamente sobre eles.
Vamos repensar nossas privações? Segue abaixo uma lista com alguns dos principais tabus do universo feminino nos dias hoje.

1. Usar roupas curtas

Todos os dias, ao se vestir, é como se as mulheres fossem colocadas na berlinda – como se houvesse uma linha tênue entre o sexy e o vulgar – que não deve ser ultrapassada. Quando, na verdade, o obsceno está nos olhos de quem vê. E mesmo que a garota saia de burca, sempre vai ter alguém para julgar. Seja folgado ou justo, curto ou longo, mais importante do que o que os outros pensam é se a própria menina se sente confortável com o seu look (ou deveria ser).

2. Perder a virgindade

Há milhares de anos, casar com uma virgem e mantê-la aprisionada em casa era a forma que o homem tinha de garantir sua hereditariedade. E assim se manteve até o final do século XX, quando finalmente inventaram o teste de paternidade. A castidade era cultuada e santificada, tanto que tinha valor monetário nas negociações entre os pais e os pretendentes de suas filhas. Por isso, até hoje, há quem diga que a garota deve se manter casta para se “dar valor”. Dessa forma, a fim de se valorizar, muitas se privam de experimentar o sexo, perdendo a oportunidade de aprender mais sobre o próprio corpo e suas formas de prazer. Outras, por não encontrarem o parceiro dos sonhos, atrasam eternamente o início da vida sexual (muitas vezes esperando por um casamento, que nunca acontece).

3. Tomar iniciativa no flerte

Culturalmente, ao longo do tempo, foi o homem quem conduziu os encontros amorosos à sua maneira. A mulher geralmente assumia um papel passivo nas decisões. Eram eles que escolhiam. Hoje as garotas têm mais poder de decisão, mas muitas delas ainda não se deram conta de que podem, também, iniciar uma conversa com os rapazes que despertam o seu interesse. Algumas não conseguem nem trocar olhares com os caras de que gostam, o que dificulta muito a aproximação. Tadinhos dos tímidos, que quase sempre se dão mal.

4. Ligar no dia seguinte

A maioria das garotas ainda prefere sofrer esperando que odate ligue no dia seguinte (e se ele não liga, que sofrimento!), em vez de tomar atitude e fazer o que tem vontade. Sim, pode parecer sufocante se ela nem deixa o rapaz acordar e já liga perguntando o que ele está fazendo. Mas uma boa dose de doçura no fim da tarde ou um convite de programa noturno não vai assustar um homem de cabeça boa. É sempre bom quando o outro demonstra interesse, mas muitas vezes eles também esperam o mesmo – enquanto a garota se faz de durona, pode perder várias oportunidades legais.

5. Ter o corpo perfeito

Uma celulite aqui, uma cicatriz acolá, o tamanho do seio, da bunda, da cintura – dos pés às sobrancelhas, a mulher sempre enxerga um monte de defeitos no seu corpo. E parecem nunca fazer as pazes com suas formas naturais. O pior é quando a neurose com o corpo a impede de se curtir – ir à praia, transar de luz acesa. É saudável buscar se aperfeiçoar constantemente, mas muita mulher não enxerga sua beleza, nem se aceita como é.

6. Chegar ao orgasmo

O orgasmo feminino é mais complexo e muito mais misterioso que o dos homens, pois ocorre internamente. Para alcançar a ereção (o clitóris também fica ereto, mas aquilo que vemos é só a pontinha do iceberg), elas precisam de dez vezes mais irrigação sanguínea que eles. Para uma mulher, gozar é um processo, que demanda um aprendizado. Exige certo grau de autoconsciência e dedicação, pois pode ser demorado.
Ao longo da História, o prazer feminino foi coibido de todas as formas, inclusive demonizando seus corpos. Não é à toa que tantas mulheres sejam, ainda, tão reprimidas sexualmente – a ponto de desconhecerem o próprio organismo e de não conseguirem atingir o orgasmo durante o sexo. Muitas vezes, a razão que leva a isso é falta de prática de se masturbar. O simples gesto de se tocar ainda é um tabu para muitas (fazer isso enquanto assiste pornografia, então, pior ainda).

7. Fazer sexo casual

Dar ou não dar, eis a questão. Mesmo quando está louca de tesão, envolta aos braços de um boy magia, muitas mulheres ainda preferem se fazer de difíceis na hora de ir para a cama – em geral, por medo de serem julgadas. Sim, sexo no primeiro encontro ainda é um dos maiores tabus femininos. E se acontece de terminar a noite na cama com o rapaz que conheceu naquele dia a garota já acorda com ressaca moral, ou cheia de expectativas. Enquanto isso, eles saem passando o rodo por aí, sem qualquer peso na consciência.

8. Apoiar o feminismo

Há quem ache que ser chamada de feminista é ofensa. Pintam uma imagem de que a mulher feminista é aquela que não depila as axilas e que não gosta de homens. Acontece que feminismo não é o contrário de machismo – enquanto um prega a superioridade masculina o outro luta pela igualdade feminina. A psicanalista Regina Navarro Lins tem uma opinião bem interessante sobre o que é ser feminista: “Há 5 mil anos, quando o sistema patriarcal se instalou, a mulher foi aprisionada. Na Idade Média, houve concílio para decidir se mulher tinha alma ou não. Até o século 19, ainda se discutia o tamanho da vara com que os homens podiam espancar a mulher”, relata ela, apontando os avanços que o movimento feminista promoveu nos direitos da mulher. E conclui: “Acho que não ser feminista é concordar com todos esses absurdos. As pessoas não entendem isso. Mas com tanta opressão, olha, acho que estamos até bem”.

9. Revelar o número de parceiros na cama

Mulheres fazem tanto mistério sobre a quantidade de homens com quem já transaram que, às vezes, até entre elas o assunto é tabu. Tá certo que é fácil perder as contas, e há uma forte tendência a deletar da memória aquelas noites consideradas “o erro”. Mas até as garotas que sabem (mesmo que por alto) o número de homens com quem já se deitaram costumam esconder a informação ou mesmo mentir (para menos), por receio do estigma de “mulher rodada”. Pois, de fato, aquelas que assumem que vão para a cama com quantos sentirem vontade ainda são julgadas e desrespeitadas – inclusive por outras mulheres.

10. Assumir a bicuriosidade

É comum a garota sentir atração por outras e fantasiar com situações que envolvam mais mulheres na cama, em especial o ménage à treis. Mesmo assim, grande parte delas prefere reprimir os desejos pelo mesmo sexo e não se permitem sequer uma inocente troca beijos com outras meninas nas baladas, receosas de que tornar suas fantasias realidade possa interferir na definição da própria sexualidade. Ser chamada de lésbica ou mesmo de bissexual é uma preocupação que atormenta muitas mulheres.

11. Experimentar sexo anal

Grande parte das mulheres vê o sexo anal como algo sujo. Há quem diga que é “coisa de puta” (aliás, os maiores tabus femininos geralmente têm a ver com o temor de serem vistas como putas – sintomas da cultura do slut-shaming). E, por causa desse tipo de preconceito, mesmo as que têm vontade de experimentar se privam de fazer. Fato é que, por isso mesmo, os homens procuram garotas de programa, a fim de realizar a fantasia de penetrar a portinha dos fundos.

12. Fazer fio-terra neles

Quando o homem assume gostar de fio-terra, ou quando tenta levar os dedos da parceira lá atrás, muitas logo ficam encanadas, imaginando que, só por isso, eles possam ser gays. Mesmo sabendo que homens sentem enorme prazer com massagem na próstata manifestar esse tipo de desejo ainda põe em dúvida a sexualidade masculina. Não é à toa que eles fiquem tão cheios de dedos para falar sobre o assunto.

13. Tratar sobre as próprias fantasias sexuais

Verbalizar fetiches, dar vazão aos próprios desejos ou mesmo ter certas vontades tornam-se problemas morais na cabeça de muitas garotas. Como se fosse errado ou proibido permitir-se certas estripulias. Na realidade, um estudo conduzido em 2014 por pesquisadores canadenses revelou que poucas são as fantasias sexuais que podem ser consideradas raras ou incomuns. Segundo a pesquisa, desejar sexo forçado, ser amarrada na cama, transar em local público, fazer sexo grupal, são algumas das mais frequentes fantasias entre mulheres.
Concorda com essa lista? Que outros tabus femininos ainda precisam ser quebrados?

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